O dia em que os Maias previram que o mundo iria acabar.
Você se reuniu com amigos,fizeram uma decoração especial, guloseimas, até playlist temática.
Na hora marcada há não sei quantos séculos atrás, vocês comemoram.
Sobrevivemos a mais um.
Assim, leve, divertido. Mal sabia você que a vida iria ser uma sequência de
“fins do mundo” que chegam sem pedir licença, te desmoronam, marcam uma era.
Pesados, sisudos, mas necessários.
“fins do mundo” que chegam sem pedir licença, te desmoronam, marcam uma era.
Pesados, sisudos, mas necessários.
Agora, quando o choro sai fácil, suas obrigações se amontoam sem que você tenha o menor interesse em cumpri-las e “ensimesmar” se tornou quase um sinônimo para o seu
nome, você se entrega. Não dá mais para colocar a sujeira pra debaixo do tapete.
Carrego nos ombros apenas duas décadas de vida, e já tá pesado.
nome, você se entrega. Não dá mais para colocar a sujeira pra debaixo do tapete.
Carrego nos ombros apenas duas décadas de vida, e já tá pesado.
Tralha acumulada que só me impede de andar em frente.
Assim, descobri que não tem nada demais em parar a vida um pouco pra olhar pra dentro.
Ver o que anda incomodando, como também o que tem feito falta. Ajustar
prioridades e respeitar meus limites, ciente de que esse processo é contínuo – já
que a vida não para e a gente muda muito ao longo do trajeto.
Ver o que anda incomodando, como também o que tem feito falta. Ajustar
prioridades e respeitar meus limites, ciente de que esse processo é contínuo – já
que a vida não para e a gente muda muito ao longo do trajeto.
Admito que é assustador. Encarar tópicos que a gente deixou de lado quase que a vida
inteira, por medo de não saber aonde isso nos levará. Fins de relacionamentos, amizades,
visões de mundo – no fundo, sabemos sim. É que ignorar é mais fácil. A verdade
é que o fim do mundo não é essa festa com os amigos, mesmo que acabe tudo bem. A gente sempre encontra resistência por preferir respeitar a si mesmo em vez de fazer o que esperam de nós.
inteira, por medo de não saber aonde isso nos levará. Fins de relacionamentos, amizades,
visões de mundo – no fundo, sabemos sim. É que ignorar é mais fácil. A verdade
é que o fim do mundo não é essa festa com os amigos, mesmo que acabe tudo bem. A gente sempre encontra resistência por preferir respeitar a si mesmo em vez de fazer o que esperam de nós.
É ato de rebeldia contra nossa inércia natural.