Um breve passeio com meu amigo me rendeu uma boa reflexão. Eis que vim compartilha-la com vocês, meus queridos leitores.
Sabe aqueles amigos que andam abraçados com as amigas como se fossem casais? Pois bem, estava com um desses, rumo à um evento literário, de mãos dadas e entrelaçadas. Primeiramente, fiquei um tanto insegura pois era a primeira vez que caminhava com um rapaz assim, tão próximos, rindo e conversando frivolidades, como se fossemos aqueles namorados perfeitos de filmes clichês — algo que nunca experimentei, infelizmente.
Não vou negar que no fundo do meu coração senti aquele famoso “algo a mais”, mesmo que seja momentâneo; mas a questão não é esta. O que de fato importa é que pela primeira vez entendi onde se fundamenta o amor. Eu sinto te dizer, prezado namorador(a), que não está no contato físico: nos beijos ou no sexo. Isso nem é modo de demonstrar amor, é de aproveitá-lo. Entende a diferença?
O amor é demonstrado através daquele olhar apaixonado, naquele sorriso bobo e aparentemente sem motivo que decora o seu rosto mesmo quando ele, inconscientemente, diz tolices ou quando não esboça nenhum riso irônico ao ouvir os comentários absurdos que já chegaram a dizer a seu respeito, resumindo-se a franzir o cenho, como se isso fosse a coisa mais ridícula e ilógica que alguém poderia ter dito. Em suma, é esse conhecimento do outro, esta confiança implícita e mútua, são essas conversas irrelevantes, embora deliciosas, que fazem toda a diferença. Porque, antes de namorado, ele é seu amigo. Nunca esqueça disso.