Anne estava naquele seu pequeno apartamento, um turbilhão de lembranças invadiam seus pensamentos, imagens boas e ao mesmo tempo lhe faziam derramar lágrimas de saudade. Foi para o quarto e pegou uma caixinha em baixo da cama onde guardava as cartas que nunca foram enviadas. Escolheu uma aleatoriamente e começou a ler em voz alta.
Querido Fred,
Não sei como posso expressar a falta que você me faz, ainda não entendi como você se foi, para longe, para longe de mim. Não sei o que fiz para você ir, pergunto-me se meu amor não foi suficiente para faze-lo ficar, se todos os meus problemas acabaram com o amor que você dizia ter por mim. Não encontro uma resposta coerente para tudo isso Frederico, mas isso não importa mais, né?
Agora você deve estar abraçando outra enquanto assiste O Senhor do Anéis e eu fui deixada para trás, procurando a sorte.
Ela já não aguentava mais aquilo, jogou todas as cartas no chão e enxugou as lágrimas que rolavam livres em seu rosto e tentou se consolar. Sentiu aquele velho abraço a envolvendo pela cintura e fechou os olhos esperando aproveitar seu devaneio. Então um sussurro emocionado no seu ouvido a mostrou que não estava sonhando.
-Eu nunca entendi muito bem de sentimentos como você, Anne. Sabe que não queria me apegar a ninguém, eu tive que ir para o outro lado do país para perceber que você agora faz parte de mim e ninguém poderia ocupar esse espaço.
Espero que tenham gostado desse pequeno conto que fiz, está bem simples, mas foi uma ideia ao meu ver maravilhosa, me digam se gostaram ou não, gosto de ouvir a opinião dos outros para poder melhorar! Gostou do texto? Tem mais no meu blog, o Dear Diary Sucker.