Essa historia foi escrita em um belo pergaminho, a tinta eram lágrimas, não de tristeza, muito pelo contrario, era da mais bela alegria de um coração puro que aprendia o que era amar. Porque era “essa historia” em vez de “nossa” historia é bem simples, um dia ela já foi ‘nossa’ quando a escrevíamos juntos, depois se tornou ‘minha’ quando tudo havia acabado, e então tentei devolve-la a você porque ela já havia se tornado inesquecível pra mim (e eu queria que se lembrasse de mim), eu ainda o amava, você sabia disso. Até que vi algo que havia partido o que já estava quebrado em meros átomos minúsculos o que chamam de “coração” e eu denomino esse fenômeno de “a volta da consciência que o mostra a realidade, trazendo um enorme sentimento de culpa”, enfim, eu vi aquela bela historia, feita com tanto esmero, tanto amor sendo picada e jogada pela janela de sua casa, sendo carregada pelo vento, senti que uma parte de mim estava sendo carregada pelo vento, mesmo que esteja quebrado e reduzido a meros átomos me fez falta, muita falta… Desde então se tornou “essa” historia, nem minha, nem sua, nem nossa, apenas “essa” historia da qual tento não fazer mais parte. Sim, “naquela” historia eu era papel picado, os pedaços voaram pela janela de seu coração e fui espalhada pelo mundo, muitos me conheceram assim, pelo fragmento de um belo pergaminho. Mas o que você não sabia era que o vento leva e traz e alguns fragmentos foram parar na casa (coração) de cada um de nós.
Embora eu diga e sinta que não o amo, outrora você sinta e diga que não me ama, os pedaços continuam lá “grudados”, quando nenhuma faxina consegue “apaga-los” e sei disso porque já tentei.
Quero dizer, de algum jeito isso foi marcante para nós, é por isso que algumas vezes me pego pensando em você e acho que fazes o mesmo, ou seja, quando o amor era verdadeiro ele dura para sempre nem que seja em pequenos fragmentos, desbotados e grudados na nossa “casa-coração”