Vestido branco. Flores cor-de-rosa. Tiara na cabeça. Além da igreja lotada, do sorriso teimoso e bobo que decora o seu rosto ou da mãe caprichosa, igualmente feliz, como se estivesse se casando uma segunda vez. Por que não dizer que tudo esta simplesmente esplêndido? É essa, sem dúvida, a palavra que define tudo. Afinal, ele a escolheu.
Mais de sete bilhões de pessoas no mundo, mas ele a escolheu. Apesar de ser perfeccionista, da aparência comum e um tanto arrogante. Apesar do sorriso amarelo, do cabelo bagunçado do dia-a-dia ou das celulites e varizes. Ele a escolheu.
A noiva entra, desfilando no tapete vermelho, enquanto o noivo, também vestido de branco, dá um sorriso torto. Os seus olhos, embora inquietos, não desviavam dos dela. O corpo treme, nervoso. Contudo, em êxtase. Afinal, ela o escolheu.
O escolheu. Apesar de todas as brigas e das diferenças que possuíam. De algum modo, aprenderam a conviver com isto, a aceitar a liberdade do outro e a respeitar a mesma. Aprenderam que discutir por coisas bobas é banal e que uma conversa aberta faz milagres. Quem diria?! Logo eles, tão diferentes, tão distintos, se tornaram um só. Foi bem simples, ele decidiram se completar, fazer com que as qualidades de um encubram os defeitos do outro. E juraram que não tomariam camundongos por hipopótamos, ou seja, não discutiriam por coisas vãs, como a famosa pasta de dente.
Porque eles se escolheram. E quando se escolhem, fazem de tudo para dar certo.