Olá 🙂
Bom, tenho mais uma novidade: Louise Berdine voltará a postar aqui >.<
Estava com saudades dela 🙂
Bom,ela me enviou um pequeno texto pra mostrar a vocês.
Abraços
"Transbordando sentimentos puros em palavras"
Olá 🙂
Bom, tenho mais uma novidade: Louise Berdine voltará a postar aqui >.<
Estava com saudades dela 🙂
Bom,ela me enviou um pequeno texto pra mostrar a vocês.
Abraços
Olá 🙂
Bom, tenho mais uma novidade: Louise Berdine voltará a postar aqui >.<
Estava com saudades dela 🙂
Bom,ela me enviou um pequeno texto pra mostrar a vocês.
Abraços
E é o que eu sinceramente desejo.
Que os corações partidos encontrem a fé que perderam, Que as cicatrizes doam menos amanhã.
Que o tempo faça mais do que só prometer curar.
Que você encontre em si mesmo a força que jamais pensou que tinha e que suas mãos construam os sonhos que seu coração foi capaz de imaginar.
Que as lembranças não machuquem tanto amanhã e que todas aquelas cartas de amor que você escreveu secretamente e que nunca pensou em enviar, encontrem enfim as mãos, os olhos e o coração de seu destinatário.
Que os contos de fada sejam mais do que histórias criadas para crianças adormecerem.
Que todas as promessas seja cumpridas, que mãos se encontrem sem a menor intenção de abandonar.
Que toda a distância por mais longa que seja, pareça curta em comparação ao amor que sente.
Que todo “Adeus” se silencie e que todo o “Pra Sempre” venha pra ficar.
Que o amor encontre você onde quer que você esteja.
Que ele possa te curar.
Ontem ouvi alguém dizer que um simples bom-dia pode fazer milagres no ânimo das pessoas. Meti-me à pensar. Lembrei-me de todas as vezes em que estava desanimada e alguém veio me cumprimentar sorrindo; imediatamente sorri de volta e senti uma pitada de alegria.
Culpa desse meu reflexo absurdo que não consegue destratar o próprio Hitler se ele for gentil comigo. Brincadeiras à parte, cheguei a esta conclusão: eu só acho que educação requer educação, gentileza requer gentileza; este é um ciclo vicioso no qual não vejo problema algum.
Pena que nem todo mundo é assim. Tenho uma colega, por exemplo, que já foi uma grande amiga, mas a sua antipatia a isolou do mundo. Quase ninguém gosta dela e quem tenta se aproximar é recebido com arrogância e indiferença. Nem sempre é assim, é verdade; há uns dias milagrosos em que está de bom humor. Mas ela é a prova viva de que cumprimentos não funcionam com todo mundo.
A partir desse contraste, percebi que felicidade depende da disposição de cada um. No meu caso, alegria pega. É inegável que sou dramática, quem lê meus textos logo percebe, minha colega também o é. A nossa grande diferença é que não me deixo dominar por este defeito. Eu sei usá-lo à meu favor quando escrevo, no dia-a-dia tento ser tolerante.
Acho que isso vem dando certo, pois me considero uma pessoa feliz. Talvez a felicidade só venha para quem está de braços abertos para recebê-la, afinal, não há como passar através de uma porta trancada. Tampouco, não há como ser feliz quando se opta pela melancolia.
Livros sempre me induzem à reflexões. Principalmente quando se trata da minha querida Jane Austen. E, enquanto lia Razão e Sensibilidade, passei a ver uma critica fortíssima à mim mesma. Eu me vi nos defeitos de Elinor e Marianne.
A começar com Marianne, a “sensibilidade”. Ela é uma jovem de dezesseis anos, apaixonada pelas artes e exigente em relação ao amor. Apesar de ser nova, crê-se madura e de opiniões corretas; é teimosa, de imaginação fértil e se entrega totalmente as suas emoções. E eu tenho um pouco disso, eu sou de moldar o meu par perfeito e, quando encontro alguém que se encaixe na maioria das exigências, dou asas a minha imaginação e, em seguida, passo a acreditar em um belo final feliz.
Evidentemente, isso só me causou decepções. Com o tempo, passei a dar valor aos defeitos, à procurá-los, à gostar deles. Eu já não acredito em pessoas perfeitas, e não confio naquelas que aparentam ser, embora continue com algumas exigências. Infelizmente, exigências até com os defeitos.
Uma das passagens mais criticas do livro é quando Marianne quase definha por causa da sua desilusão amorosa; sou, de certo modo, assim. Eu me entrego de corpo e alma as minhas emoções, mas em segredo, como Elinor. Tal reflexão me lembrou de uma frase da Natália Klein: “eu seria uma suicida nata se não fosse o meu egocentrismo exacerbado. Eu sou boa demais para morrer, seria um desperdício.”
O que me traz a Elinor, a “razão”. Ela é uma jovem de dezenove anos que, por ter mais juízo que o resto da sua família, se vê obrigada a resolver todos os seus problemas e a “carregar o mundo” sobre os seus ombros. Ela procura sempre a lógica em tudo, supondo que isso apaziguaria todas as suas emoções.
Eu, por ser a filha mais velha, sempre tive responsabilidades e me vejo na obrigação de ser madura para poder cumpri-las. Tento ser adulta antes do tempo, me forço a ser um bom exemplo, como Elinor. Isso te impede de aproveitar as etapas da vida, no caso dela, o amor e a desilusão porque tinha uma Marianne deprimida. Ela teve de trancar tudo dentro de si para não deixar a família mais preocupada, tendo como único refúgio a razão, que lhe sustenta.
Com este livro, acho que Austen quis passar isto: você não deve ser nenhum extremo, tudo em exagero é ruim. Você deve ser racional, mas têm de se permitir sentir; deve ter exigências quanto ao caráter e não segundo os seus preconceitos; ter emoções, mas não se deixar guiar por elas. Em suma, um equilíbrio entre razão e sensibilidade.
Odeio esse complexo de superioridade. Se pudesse escolher, preferiria ter ao meu lado alguém que crê-se inferior e de baixa auto-estima do que pessoas que não sabem o que é uma “critica”. E o pior é que tenho uma amiga assim. Ela é aquele tipo de gente que, se você lhe mostra algo diferente do qual gosta, diz que não é tão bom enquanto te olha com um misto de arrogância e indiferença. O que é extremamente irritante.
Eu posso estar sendo infantil, mas o fato de que tal comportamento foi repetido inúmeras vezes deve me dar o direito de tirar esta conclusão: ela se acha superior a qualquer pessoa que seja diferente demais dela. E como o mundo é um conjunto de pessoas distintas, suponho que “X” — por assim dizer — crê-se a Rainha da Terra ou do Bom Gosto.
Okay, e quem sou eu para julgar? Devo estar me esquecendo do meu preconceito musical, de como fuzilo pelo olhar pessoas que escutam forró e sertanejo estilizado perto de mim e, principalmente, funk — porque, afinal, uma pessoa dessas não pode ser decente escutando e cantando músicas tão vulgares. Mas onde entra o respeito?
A nossa sociedade é formada por gente de etnias, crenças e “criações” — refiro-me a educação recebida em casa — diferentes. Mas todas, sem exceção, merecem respeito. E respeito implica dar o mesmo tratamento que você daria a alguém que considera seu igual ou, no caso, que possua a mesma opinião que a tua.
Voltando a “X”, digo: e uma pessoa que gosta da música de caras que dançam como garotas, de vozes afeminas e finas, no ritmo eletrônico e, para completar, em japonês, definitivamente não tem bom gosto. Nem por isso eu a olhei de modo arrogante e com ar superior enquanto dizia “eu não gostei”. Também não fiz isso quando me mostrava páginas na internet que gostava, feitas por pessoas absolutamente normais, cujos textos eram absolutamente dramáticos. Eu continuei prestando a máxima atenção no que dizia, sendo simpática e amigável, apesar de estar nítido que não estava achando tão bom assim. E ponto. Isso não machuca coisa alguma, não fere os sentimentos de ninguém.
Isso é o que se chama de educação.